Portfolio

'Kalunga Across Performance', 2022

‘Kalunga Across Performance, 2022
Performance de Luanda Carneiro Jacoel
videomapping/ video collage de bianca turner

SCENEHUSET – OSLO NORUEGA

Photos by Ellen Badu

'Kalunga Across Performance'

Uma performance-instalação entrelaçada

Instalação de entidades, co-ontologias não-ditas e estendidas que atuam ao mesmo tempo, no mesmo espaço. Um corpo (em) trânsito, que evoca arquivos, deixa rastros, joga com o desconhecido e navega entre temporalidades. Uma plataforma de encontro, troca e cocriação entre artistas e suas experiências diaspóricas. Um ponto de convergência para perspectivas interdisciplinares, explorando abordagens de “chamada e resposta” ligadas a temas sociais como ancestralidade, identidade e práticas artísticas decoloniais.

Inspirado no Cosmograma Bakongo (dikenga dia Kôngo) e na força vital Kalunga, o conceito central da obra é explorar os significados de Kalunga nas práticas performáticas, refletindo sobre a história negra transatlântica e a afro-diáspora resultante dessa travessia pelo mar.

O Cosmograma Bakongo é um círculo dividido por uma cruz de quatro pontos, que acompanha o trajeto do sol. Esse escopo celestial é traduzido, para os Bantu-Kongo e seus descendentes diaspóricos, como uma trajetória infinita, circular e espiral de vida — humano-ancestral. Kalunga é a membrana líquida horizontal da cruz: o mar. É a fronteira entre o mundo dos vivos e o mundo onde habitam as almas ancestrais. Kalunga preside a metamorfose corpo–espírito–corpo. É um espaço simbólico de transição, onde o corpo se comunica com o arquivo das águas e com o arquivo da terra.

Há um aspecto transformador no espaço Kalunga — a ativação da vida, da força, da manifestação, da comunicação mútua, da chamada e resposta entre co-ontologias que operam acima e abaixo de Kalunga.

O visível e o invisível.
O tangível e o intangível.
O tempo e suas temporalidades.

Performance // Conceito: Luanda Carneiro Jacoel
Colaborações:

  • Música: Ben LaMar Gay

  • Vídeo: Bianca Turner

  • Bordado: Daniela Aquino
    (Inspirada por cosmogramas, a artista visual/performer Daniela Aquino iniciou-se como ekedji no Candomblé — posição feminina de grande valor, cuidadora dos Orixás — e traz para sua pesquisa as mitologias dos Orixás por meio de instalações bordadas.)

  • Cenografia: Alice Tomola

Tutores: Saul Garcia López e Tiganá Santana
Agradecimentos especiais: Sueli Carneiro, Maurice Jacoel, Koffi Kôkô, Jamie J. Philbert, Karmenlara Ely, Eleonora Fabião, Fernanda Branco, Cecilio Orozco, Alhagie Jacobsen, Ellen Palmeira, Ayesha Jordan, Juliana Porto, Azul Filho de Luiz, Hanna Filomen Mjåvatn, Casa Sueli Carneiro, colegas de turma, amigos e familiares.

Bianca Turner
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