Portfólio

Um buraco de minhoca é uma solução das equações de campo de Einstein que apresenta uma estrutura não trivial ligando pontos separados no espaço-tempo, funcionando como um túnel com duas extremidades, cada uma situada em pontos distintos do espaço-tempo.

Um buraco de minhoca pode conectar distâncias extremamente longas, como bilhões de anos-luz; distâncias curtas, como alguns metros; universos diferentes; e/ou pontos distintos no tempo.

‘Ouroboros/Buraco de Minhoca’ é uma tentativa deliberada de subverter o curso natural da informação por meio de sinais elétricos. Ventiladores e televisores de tubo conectados a um mixer/switcher de vídeo têm seus sinais inseridos em um sistema de feedback, gerando cores e formas infinitas nas telas das TVs. Durante a performance, entradas elétricas são ativadas, sofrem quebras e têm seus sinais intencionalmente perdidos no trânsito.

Os ventiladores giram em um movimento infinito de ‘ouroboros’, e em suas “telas” são projetadas filmagens antigas.

Essas imagens coletadas mostram como a Humanidade tem tentado superar as limitações do tempo e do espaço: criando formas de se mover cada vez mais rápido — a partir da criação da roda (ouroboros) até os trens, carros, aviões, motocicletas, etc.

Durante a performance, criamos duas imagens: uma é a relação humana com o tempo e o espaço; a outra é a energia pura — que transcende o tempo e o espaço.

Esta obra foi comissionada para o Festival ON_OFF no Itaú Cultural.